O Mapa começa no Outono de 2016, fruto da vontade de falar de Jesus às crianças e jovens do lar Maria Droste (https://fundacaomariadroste.pt/), uma IPSS que cuida de raparigas até aos 18 anos.
Depois de umas idas esporádicas ao lar a animar a missa com música e a conhecer as miúdas, decidimos avançar para algo regular. Com umas chamadas de telefone e 6 corajosos "sim", juntámos um grupo de animadores para todas as terças-feiras falar da história de Jesus e do que é ser cristão.
Exercício difícil - como é que a história de um homem que viveu há 2000 anos se relaciona com a vida, muitas vezes bastante desafiante, destas raparigas? Ainda por cima com uma mensagem tão contraditória com o mundo: “amar os inimigos”, “dar a outra face”? De certeza que se enganou e queria era dar-lhes na outra face! Num mundo onde o mal é tantas vezes tão visível, como é que se pode compreender isto...
Rapidamente percebemos que não se pode falar de um Deus de amor sem mostrar o que é o amor primeiro. Passar das palavras aos atos, e mostrar que estávamos ali por cada uma, sem pedir que concordassem connosco ou gostassem de nós, nada em troca.
Isso fez-se com tempo, compromisso e relação. Os tópicos de conversa foram passando a ser sobre o dia-a-dia, a sociedade, o futuro de cada uma, os sonhos e planos que têm ou ainda não têm, por medo ou por nunca terem pensado nisso.
Mas 1h por semana é pouco para tudo isto e sabíamos que para cada um se conhecer a si próprio e se dar aos outros, precisaríamos de um tempo e espaço específico. É assim que os campos surgem, como um “meio” e nunca como um “fim” em si mesmos. Com esse “meio” em mente, juntámos diferentes realidades para aprender uns com os outros e sair de nós próprios. Para isso, abrimos inscrições para pessoas fora do lar e para outras casas de acolhimento. Fomos também buscar uma equipa de animadores muito variada, com diferentes níveis de experiência, e onde todos tinham uma grande vontade de servir.
Desde aí, todos juntos (animadores e animados) vamos aprendendo a ir Mais Além Por Alguém. Onde quer que isso nos peça para ir, para fora ou dentro de nós próprios.
Os campos foram criados com a missão de construir pontes entre jovens de meios socio-económicos e culturais diferentes, quebrando barreiras e dando a conhecer novas realidades, para que a diferenqa se torne uma riqueza, onde cada um aprende e cresce com o outro.
Manuel Empis
Maria Cordeiro
Carolina Ferreira
Constança Pinto
Leonor Prata Felgar
Francisco Cruz (Jorge)
Isabel Montanha Rebelo
Rosarinho Magriço
Íris Veiga
Agostinho Oliveira